E lá se foi à terceira edição do Grito Rock São Leopoldo. Com certeza esse sábado (03/03) foi memorável para a dinâmica cultural da cidade. Um festival que aglutinou e teve seu conceito construído como um grande espaço de convergência entre público, agitadores culturais, comunicadores, artistas das mais variadas linguagens, trabalhadores da área cultural entre outros curiosos que estiveram presentes prestigiando o evento.
Noite agradabilíssima! As poéticas visuais de Biba Jaques ilustravam as paredes da Embaixada do Rock. As incansáveis projeções do VJ (feitoriano) Cristiano Adeli faziam todo um diferencial para ambientar o espaço. A discotecagem precisa e sensível de Bia Jones. A banquinha de produtos independentes muito bem visitada e nessa edição, ganhou reforços com a exposição de Mark Fraga com suas “toy art e miniaturas”.
O show abre alas da noite foi do duo que mais circulou entre os Gritos em 2012 – Medialunas. O Grito Rock já iniciava forte nessa combinação guitarra, vozes e bateria. Guitarra distorcida com volume no talo, combinadas as harmonias vocais, batera pesada e pegada dando todo um suporte -como se reconstruísse melodias percussivas... A rapaziada super se amarrou nos Medialunas que pela primeira vez tocaram em São Léo.
A segunda banda da noite, demonstrou o porquê de uma trajetória mantida desde 1984! A Pupilas Dilatadas apresentaram aquilo que notóriamente mais sabem fazer: punk rock. Destaque para as performances do novo baixista. Muita procura na banquinha pelo novo CD dos caras “Era Moderna”.
Flanders 72 deu sequencia ao empolgante clima que com certeza se configurava no Grito Rock São Léo. Os caras escancararam uma sonzeira que obteve uma das maiores interações junto ao público presente – inclusive, com direito a invasões da galera no palco. Um show muito qualificado cheio de influências de bandas como Green Day e Ramones.
Agora era a vez da banda anfitriã, a BLEFF. Os caras demonstraram mais uma vez ao que vieram e a razão de uma carreira configurada em já 10 anos de música independente. Um quarteto coeso, que mesmo peleando junto à produção, não deixou a desejar em nenhum acorde de seu lindo show. Riffs guanchudos, climas dançantes, uma vibração interessante numa massa sonora corrosiva... O Grito Rock ganhava a cada show, seu novo ponto culminante!
Para fechar os shows, a novíssima Siléste. Banda composta por músicos já conhecidos pela cena local, mas que nesse novo projeto, soam num bom clima de novidade para os presentes. Duas guitarras, bateria em formato compacto e vocais carregados de acides – abrilhantavam a noitada rocker da Embaixada. Todos concentrados curtindo esse clima de dissonâncias poéticas.
E o festival seguiu até o amanhecer na diversa discotecagem, nas várias articulações, nas inúmeras conversas infinitas, nas projeções e na avaliação, mais que positiva dos saldos Grito Rock 2012.
Agradecemos a todos e a todas que estiveram presentes! Gostaríamos de citar a importante parceria com a Embaixada do Rock (de sempre); a cobertura dos amigos do coletivo Cattarse e Inverso (FdE); os amig@s de Esteio do Tomada; a galera do Marcelo Breuning de Campo Bom; a Fran do Fora do Eixo Santa Maria; aos feitorianos Gabriel Renner, Tiarles Bitello e Sapo; a Casa da Traça (principalmente o Giovane Paim); ao Biba; a Bia; Vj Cristiano Adeli; Mark Fraga; a galera que dançou e bateu cabeça ao som dos shows; as bandas que fizeram toda a diferença: Siléste, Medialunas, Pupilas Dilatas, Flanders 72 e BLEFF; ao apoio do Doctor Tatto e a presença do Evandro; ao povo do reggae (entre uma das figuras o Tiélo); ao pessoal das artes cênicas (dá pra destacar Fernanda Fernandes); as diversas bandas da cidade (músicos como Viktor V, João Antônio e Zeh Barônio entre outros tantos...).
GRACIAS!