13 de julho de 2012

O rock acabou?

 Rege a lenda que no ano de 1985 ecoava freneticamente o lançamento “desse tal Dia Mundial do Rock” – inúmeras versões para a criação dessa comemoração. Enfim, sem esquecer das raízes e de como toda a vida humana se organiza (em ciclos) com uma “certa” cronologia - “esse tal de rock n´roll”, um dos estilos musicais mais emblemáticos do mundo, de fato, também merece as suas devidas comemorações...

 Hoje, notoriamente, o rock virou uma fusão de música(s), vida, atitude, estilo... Migrações variadas pelos mais variados cantos possíveis criam e recriam todo um legado que reconstrói conjunturas históricas inteiras, como uma espécie de estímulos para “revoluções”.

 O rock desencadeou uma larga cadeia produtiva na área da cultura. Possibilitando formas sustentáveis e até bem rentáveis para muitos dos sujeitos que trabalham com o estilo – desde comércio de acessórios (como camisetas, bonés, bottons...), loja de instrumentos musicais (e toda uma indústria desse nicho ou formas artesanais de produção), estúdios de ensaios e gravações (e profissionais “técnicos” que atuam nesses ambientes), casas noturnas (bares, casas de shows, pubs, centros culturais...), artistas, bandas, compositores, produtores, enfim, até chegar no cara que vende a bebida ou mesmo o rango que rola no entorno de tudo isso...

 Muitos movimentos já foram estruturados a partir de encontros de roqueiros e, na atualidade, (a meu ver) o mais fascinante é a configuração de REDES que trocam tecnologias (inteligência coletiva) para consolidarem plataformas de conhecimentos. Ou seja, experiências, projetos, programas, modos organizativos, tudo pensado e compartilhado em prol “dessa cultura em movimento”, viva e cheia de virilidade (seja lá qual idade esteja sendo contabilizada para a mesma...).

 Um campo fértil que emplacou suas características (diversas), dentro de uma capacidade empreendedora legítima, a verdadeira face de “um novo rock” – “uma nova música!” Uma verdadeira revolução na gestão (cultural), bala na agulha de invejar muitos administradores de outras áreas, chegando a influenciar na economia das localidades onde essas atividades rockers são desenvolvidas.

 Um raso exemplo de tudo isso, no que se refere à economia, são os festivais independentes pulverizados por todos os cantos do Brasil. Muitas pessoas atuando nesses espaços, trabalhos diretos e indiretos junto aos festivais. Mais uma vez, uma vasta lista de possibilidades: fotógrafos, jornalistas, produtores, roadies, motoristas, hotéis, restaurantes e por aí vai...Um sonho cada vez mais tangível!

Enfim, poderia me debruçar e desenvolver uma longa tese para justificar o meu salve a isso que me move a tantos anos de vida - o ROCK! Parabéns a tudo e tod@s que dedicam suas vidas (integralmente ou parcialmente) ao universo rocker!

Dá-lhe!