12 de setembro de 2011

Imersão coletivo FEITORIA na Casa Fora do Eixo São Paulo

Holá!
Na buena?

Abaixo segue o nosso relato em linhas gerais da imersão do Feitoria na Casa Fora do Eixo São Paulo. Muitas expectativas, intensas trocas e vivencias presenciais de muito daquilo que experienciamos nas relações virtuais de trabalho (em rede).

Sábado 03/09/2011

Chegamos na Casa Fora do Eixo aproximadamente 17:30, um translado de ônibus, metrô e carro (da CAFE-SP). Podemos afirmar uma intensa correria, pelo fato de os agentes do Feitoria que se faziam presentes na imersão serem em prática todos integrantes da BLEFF, ou seja, nos desdobramos entre os palcos (shows) e os módulos de estudos da UniFDE. Sendo que Thali Heck que atua junto ao Feitoria acabou não nos acompanhando durante essa circulação (na micro rota) e imersão por motivos de saúde (Thali foi alvejada por arma de fogo no ombro direito por “uma bala perdida” na frente de sua residência quando tomava chimarrão com familiares na cidade de Novo Hamburgo/RS – ela já superou o quadro, está super bem e não corre nenhum risco de vida).

Um misto de euforia, curiosidade e uma vontade enorme de iniciar os trabalhos. Grande acolhida d@s residentes da CAFE e após aquele tour interna para conhecer cada ambiente. Acomodamos os pertences na hospedagem solidária, visualizamos o programa que percorreríamos durante cada encontro e “fomos à entrega”...

Iniciamos os trabalhos com Carol Tokuyo . Longos e intensos momentos expositivos (por ambas as partes) para nivelar o entendimento e após, partimos num aprofundado debate sobre a rede como um todo, estratégias (Fora do Eixo no eixo...), avanços, zonas de conforto, campos de conquista (e disputas simbólicas), modelos de desenvolvimento (e nossas novas práticas), o mundo analógico e o digital, nossa atuação como um processo (continuado) e por final, decupamos um bom papo sobre os arcabouços conceituais da educação atual (formal, informal e não formal). Também dialogamos sobre o atual momento do MinC e nosso posicionamento enquanto rede nesse quadro.

Partimos para um aprofundamento no que se refere a produção de conhecimento utilizando o viés cultural como proposta autônoma, propositiva e repleta de protagonistas. Concluímos que em nosso formato de horizontalidade, em que entendemos o todo sendo a ponta e a ponta sendo o todo (um largo processo de organicidade e um amplo entendimento do que é o Fora do Eixo), visualizamos nossa capacidade de contaminação junto a outras organizações (e sujeitos) nos espaços em somos participativos.

Iniciamos um trabalho sobre as frentes: - FRENTES TEMÁTICAS (ex.: linguagens artísticas e sociais; clube de cinema; poéticas visuais; palco; Fel; Fesl; Universidade; Pcult; Gay; Banco da cultura...); - FRENTES MEDIADORAS (ex.: articulação política; banco; UniFDE; Centro multimídia; Coluna; - FRENTES PRODUTORAS (ex.: agencia; Distro; Teca).

Mudamos um pouco a pauta e aprofundamos no módulo do #BancoFDE, alguns conceitos que a rede vem trabalhando, os quais já iniciamos um alinhamento (mesmo das nomenclaturas utilizadas) e um panorama conjuntural, organizacional e estratégico do FDE.

Mapeamos os card´s do Feitoria e os exemplificamos junto a formatos já utilizamos na rede. Dialogamos sobre o potencial de visibilidade e de consolidação da nossa “marca” como uma das formas de capitalizarmos recursos. Por este fator, a clareza enquanto necessidade de não mensurarmos somente os tramites em espécie (real – R$), mas de conseguirmos ter bem sistematizado os nossos card´s (as nossas possibilidades de entregas).

Concluindo esse grande módulo da imersão. Já estávamos entrando em curto circuito” quando iniciamos o módulo de Comunicação; Clube de Cinema e Centro Multimídia. Fizemos um grande debate sobre cada um dos trabalhos e o Feitoria apresentou o formato que vem trabalhando, principalmente na idéia de provocar outros coletivos a virem trabalhar integrados. Apresentamos o nosso mapa junto ao Cine Mais (que serão cinco em São Leopoldo) e como estamos atuando na pasta de Cidadania Cultural de São Leopoldo (da Secretaria Municipal de Cultura nessa parceria que temos conseguido estabelecer) visualizamos um campo muito produtivo para desenvolvemos projetos nessa área de atuação.

Após analisarmos diversos casos (e exemplos), maturamos e focamos nos encaminhamentos, como, por exemplo: criarmos projetos de mídias integradas; debates de formação; reuniões sistemáticas (com pautas para além dos eventos); montamos um programa de comunicação (automatizamos os eventos); e aprimoramos algumas ferramentas, como por exemplo o Compacto Onda no qual focaremos em um primeiro momento na “música” e após alguns meses, faremos uma reunião de avaliação para migrarmos com pautas mais incisivas sobre o Pcult.

Domingo 04/09/2011

No domingo, como não é costumeiro rolar encontros de imersões devido aos intensos trabalhos para o #Domingonacasa, tivemos um bate-papo pré almoço com o Avner sobre música e agência. Compreendemos o formato da agência, as possibilidades (inclusive de suporte nos festivais) e demais tudo muito tranquilo e sem muitos questionamentos.

Logo na sequencia, ingressamos nos trabalhos no #Domingonacasa onde atuamos no apoio do palco, trabalhamos na copa, fizemos um show (BLEFF), dialogamos com muitas pessoas e resumidamente, o espaço é um “catalisador cultural”. Tivemos a presença desde pessoas das mais diversas querendo apenas diversão, como artistas de múltiplas linguagens (entendendo o espaço como ponto de convergência das linguagens para encontros interessantes) até mídias formais (como TV Brasil e TV Cultura)...

Segunda-feira 05/09/2011

Na segunda-feira, logo de manhã, participamos como ouvintes de uma reunião com Pablo Capile e tod@s @s residentes da casa. Momento impar em nossa imersão. Capilé apresentou cronologicamente todo o FDE e dialogou com @s presentes sobre as novas estratégias da rede. Aguardaremos um pronunciamento oficial para toda a rede visto que participamos como ouvintes, mas adiantamos que para nós foi de muito bom grado.

À tarde nosso módulo foi sobre a Distro, banquinha, nossos lançamentos e por final um passeio para darmos aquela reabastecida nos nossos materiais.

Em linhas gerais era isso...

Ficamos a disposição para qualquer bate-papo ou esclarecimento enquanto ainda degustamos nossa experiência.

Abração e sucesso!

É nois(e)!